Revista concerto 2007
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Quando conheci Lydia Alimonda, envolta de sua forte e marcante personalidade, não podia imaginar, mesmo que remotamente, o quanto a presença dessa admirável professora e pianista em São José do Rio Preto, por volta de 1970, delinearia meu desenvolvimento humanístico, profissional e artístico.
Os primeiros contatos foram travados por meio do então prestigioso Concurso Estímulo, o qual era organizado e coordenado por ela e por seu muito querido companheiro de trabalho ideológico, José Luís Paes Nunes.
Posso hoje perceber com nítida clareza que o traço que a distinguia, e que impulsionava o desabrochar de uma nova consciência pedagógico-musical para uma mentalidade interiorana, era sua perseverante e incansável força de ação nos meios políticos, culturais e educativos da época.
Tal ação englobava a promoção diversificada de inúmeros eventos artísticos e musicais; a performance camerista e solista, e a difusão – por meio de master classes e aulas particulares -, do método de técnica pianística desenvolvido por seu irmão, o também célebre pianista Heitor Alimonda.
Creio que o raio de abrangência e a propagação desse seu trabalho pioneiro no interior do estado de São Paulo, por décadas, moldou tanto o meu futuro sócio-cultural e minha visão artística, bem como o de outras centenas de jovens e de crianças, “encantados” pelo poder da poesia e da beleza artistica da música de concerto.
A admiração e o fascínio pelo refinamento e bom-gosto de seu senso estético, os quais sentia ao ouvi-la tocando, ou transmitindo conselhos musicais, educativos e humanos nas aulas de “piano” a mim ministradas em sua casa por quase dez anos, ainda hoje reverberam em meu “Ser”.
Espero, assim, ter mínima e publicamente expressado meus sentimentos mais profundos de reconhecimento, e de eterna gratidão, pelo apoio, amor e orientação de vida que recebi de todos os irmãos Alimonda, e em especial de minha obviamente amada MESTRA!
Araceli Chacon
Em 20 fev 2014
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Dona Lydia permanece viva em meu coração.Está nas aulas que dou, nas apresentações que faço e nas músicas que ouço. Seu ideal, persistência e disciplina foram minhas primeiras lições que se desdobraram em intensas viagens de conquistas e realizações.Em casa não era hóspede, era uma flor tal qual clave de luz e perfume que deixava saudade. Um ícone de amor e carinho restou para os alunos da escola “Alimonda”.Também o legado de Heitor e a presença incentivadora de Altéa.
Eu que vivo da música, bebi a sabedoria, a elegância, a confiança, a sensibilidade desta grande pianista que acreditou em mim.Foi minha fonte de inspiração.
Grande amiga e confidente fomos.
Foram muitos os sonhos que realizei, muitos os prêmios que recebi, mas o mais valioso troféu chama-se LYDIA ALIMONDA– uma aliança rica de amor que ainda uso.
OBRIGADA MINHA MESTRA!
Jussara Pinto
Em 26 Mar 2014
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Tive o privilégio de conviver com a grande pianista Lydia Alimonda durante 33 anos, e posso dizer que aprendi muito com ela, não só na área musical, mas também em relação à Vida!
Foram inúmeras aulas de piano, entremeadas por conversas, opiniões, conselhos, risos, choros… e eu sempre ia embora mais Feliz e tranquila.
Pianista que unia seu talento natural a uma grande dose de disciplina, Lydia executava peças com incrível precisão e musicalidade.
Quanta saudade em meu coração!!!
São Paulo, 31/03/2014.
Leila Guimarães
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Por intermédio de Onípolis, aluno de D. Lydia, tive a sorte de conhecê-la no ano de 1985. Sorte, porque conhecer D. Lydia mudou minha vida. Eu passava por uma fase emocional muito dificil na época.
Comecei a ter aulas com D. Lydia e como eu sempre dizia, ela foi minha mestra de piano e…para a nova vida que eu iria enfrentar. Me pegou pelas mãos e me levou para o caminho da música. Sim, me ensinou além de ler uma partitura corretamente,(Foi a única professôra que me ensinou a ler as frases musicais e não sòmente a tocar notas.) me levou a frequentar concertos e, mais ainda; a viajar pelo Mundo em busca da vida musical. Criei coragem,e estando na Suiça,com meus filhos; a conselho dela peguei o trem e fui para a Áustria. Primeiro Viena e depois Salzburg. Isto aconteceu em 1987 e desde aí e até os dias de hoje, todo mês de janeiro meu destino é Salzburg (Semana de Mozart; “MOZART WOCHE”) e Viena(óperas e concertos). E lógicamente estando na Europa, ia atrás da música em outros países.
Minha amizade e meu carinho por D. Lydia eram tão grandes que eu a tinha como uma segunda mãe.
D. Lydya era uma pessoa sabia, inteligente,grande amiga e conselheira.
Era uma alegria chegar á sua casa para as aulas. Infelizmente, como ela sempre dizia, eu não era muito disciplinada e ás vezes me ameaçava de não me aceitar mais como aluna.
D. Lydia além de muito enérgica tinha um ouvido absoluto.Percebia meus erros sem mesmo olhar para a partitura, dizendo, por exemplo; “é Lá não Sí “.
Mesmo quando parei por algum tempo com as aulas, nunca deixei de estar com ela, nem que fosse só uma vez por semana.Era um carinho muito grande; de ambas as partes.
Quando soube de sua morte, estava em Salzburg, durante o almoço. As pessoas ao redor me fitavam, pois eu não conseguia conter o chôro. Sinto muita a falta da minha grande amiga. Mas, infelizmente “Ela” se foi, deixando muita saudade e grandes lembranças.
Também conheci e tive contacto com Altea. Nunca a ouvi tocar, mas sei que foi uma grande violinista. Também tínhamos amizade. Alteia era muito divertida. Ambas sabiam viver plenamente!
O Heitor, conheci muito pouco. No “Ano de Mozart ” Êle e D. Lydia deram um recital em minha residência tocando a dois pianos e a quatro mãos. Foi lindo e… muito aplaudido.
Também conheci a Ada. Cheguei a assistir um recital de piano a quatro mãos de D. Ada com D. Lydia .Tocaram todas as “Valsas de Brahms” Foi lindo!
Bem, aqui termina meu depoimento sôbre os Irmãos Alimonda. Família bonita e irmãos que sabiam ser amigos entre sí, sem ciumes como soi acontecer entre irmãos.
Jeanette Azar 11/09/2004
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